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Infografia da Denominação de Origem
Trocar por unidades imperiais (ft2, ac, °F)Trocar por unidades internacionais (m2, h, °C)
Número de adegas (2017):
94
Superfície total:
2.500 ha6.178 ac
Produção máxima permitida:
6.500 kg/ha5.799 lb/ac
Altitude das vinhas:
Min: 50m
Max: 400m
Min: 164ft
Max: 1.312ft
Temperatura:
Min: 12º
Max: 18º
Min: 54°F
Max: 64°F
Pluviometria anual:
650 l/m260 l/ft2
DOC TEJO
LOCALIZAÇÃO E HISTÓRIA
Os vinhos desta região são conhecidos desde o período anterior à fundação do país. Através dos vários foros e privilégios concedidos à região pelos primeiros reis de Portugal, podemos constatar a importância que o vinho teve ao longo da história.
Assim, no foral de D. Afonso Henriques à cidade de Santarém em 1170, ficou determinado que os trabalhadores receberiam um oitavo de pão, vinho e linho. No seu testamento, D. Sancho II escreve que deixou parte das suas vinhas do concelho de Santarém ao Mosteiro de São Jorge. Em 1364, D. Pedro I proibiu por lei a entrada em Santarém de vinhos de fora até Santa Maria de Agosto pois tinha gasto muito dinheiro para pagar as vinhas. Mais tarde, em 1367, D. Fernando autorizou os habitantes de Santarém a venderem o pão e o vinho pelo preço que desejassem. Em 1450, D. Afonso V ordenou que todos os estrangeiros que carregassem vinho em Santarém em navios para o estrangeiro ficassem isentos de pagamento. Em 1471, D. João II proibiu a entrada de vinhos de regiões fora de Santarém para proteger os seus vinhos.
As medidas de proteção e desenvolvimento dedicadas à vinificação revelam bem a tradição vitivinícola da região e a fonte de riqueza que esta então representava para o país. Imediatamente a seguir à região de Lisboa, o Tejo (antigo Ribatejo) é uma das regiões vitivinícolas mais importantes do país, sendo de referir que o Ribatejo permanece o coração agrícola do país.
É constituído pelos concelhos de Azambuja, Cartaxo, Rio Maior, Santarém, Almeirim, Alpiarça, Chamusca, Golegã, Salvaterra de Magos na bacia do baixo Tejo. As sub-regiões desta DOC são Tomar, Chamusca, Santarém, Almeirim, Cartaxo e Coruche.
SOLOS E CLIMA
Existem, no entanto, três terroirs principais do Tejo: a Lezíria (zona central de ambas as margens do Tejo), as Charnecas (zona leste e sul) e o Bairro (zona norte e oeste).
A Lezíria é a zona fértil da região de Benavente no sul a Abrantes no norte em ambas as margens do Tejo. É também conhecida como campo ou borda d'água por causa das cheias que sofre todos os invernos com as águas do Tejo. A empresa estatal das Lezírias foi fundada em 1836 pela coroa portuguesa e trabalha 18.000 ha de vinhas e sobreiros. A produtiva variedade branca Fernão Pires é a rainha da Lezíria.
A sudeste da Lezíria encontra-se a Charneca, também chamada areia ou Terraços do Tejo. Corresponde às sub-regiões da Chamusca e Coruche. Esta área é conhecida pela caça e pelas touradas. Com um clima mais árido e continental à medida que se afasta do rio, a Charneca é a zona dos melhores vinhos do Tejo, principalmente os tintos das castas Castelão (João de Santarém) e Trincadeira com outras castas como Syrah, Touriga Nacional e Alicante Bouschet. Na zona sul de Coruche, a pluviosidade é ainda mais baixa e os vinhos adquirem uma estrutura mais semelhante à do Alentejo, nesta zona as planícies arenosas são regadas pelos rios Sorraia, Almansor e Magos, afluentes do Tejo. Esta zona é conhecida como pré-Alentejo.
A norte do rio Tejo fica o denominado bairro com solos de argila calcária e xisto, próximo de Tomar. Da Azambuja às Serras dos Candeeiros e Serra d'Aire, com um clima fortemente influenciado em algumas partes pelo Atlântico e uma pluviosidade de 800 m3, situa-se a subzona vitivinícola menos importante. Corresponde às sub-regiões do Cartaxo, Santarém e Tomar. Rio Maior é a zona mais setentrional da região e tem mais em comum com a região de Lisboa do que com o Tejo devido à uma influência mais atlântica.
Composto quase inteiramente por formações terciárias ou quaternárias, o solo da região é maioritariamente aluvial, mas também existem solos argilocalcários de menor capacidade e solos arenosos onde a vinha cresce bem. A vinha hoje tem cerca de 17.000 ha e apenas 2.500 ha na DOC Tejo.
No que toca ao clima, a região pode inserir-se na faixa sub-mediterrânica que se estende desde a metade costeira alentejana à serra algarvia. A precipitação anual está entre 500 e 700 mm.
CASTAS
O Tejo produz mais vinho branco que tinto, os brancos das castas Fernão Pires, as mais predominantes na região, Boais, Jampal, Terrantez e Rabo de Ovelha. As castas tintas mais predominantes são Trincadeira, Mortágua, João de Santarém e Preto-Martinho. Os vinhos tintos produzidos nos distritos do Cartaxo, Azambuja e Rio Maior, com excelentes condições de envelhecimento, são muito apreciados em Lisboa.
ADEGAS
As adegas mais importantes encontram-se no Cartaxo e Almeirim. Quinta de Alorna, João M. Barbosa, Casa Cadaval, Quinta do Casal Branco, Falua, Fiuza, Quinta da Lagoalva, Rui Reguinga.