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4 Adegas e vinhas à venda em DO Bullas
Adega e casa com 2,5 hectares de vinha, vinhos de altitude e de grande qualidade.
Montanhas de Múrcia
Infografia da Denominação de Origem
Trocar por unidades imperiais (ft2, ac, °F)Trocar por unidades internacionais (m2, h, °C)
Ano de fundação da D.O.:
1994
Número de adegas (2017):
13
Superfície total:
2.300 ha5.683 ac
Produção máxima permitida:
7.000 kg/ha6.245 lb/ac
Altitude das vinhas:
Min: 600m
Max: 900m
Min: 1.969ft
Max: 2.953ft
Temperatura:
Min: -4º
Max: 39º
Min: 25°F
Max: 102°F
Horas de sol anuais:
2.900
Pluviometria anual:
300 l/m228 l/ft2
DO Bullas
Localização e história
A zona de produção de Bullas é constituída por terrenos situados na Região de Múrcia: Bullas, Cehegín, Mula, Pliego e Ricote, uma grande parte de Calasparra e parte de Caravaca de la Cruz, Lorca e Moratalla.
A cultura do vinho na DO Bullas é um património milenar. Os achados arqueológicos datam os inícios da produção vitivinícola de há mais de 2600 anos, embora a extensão das vinhas e a generalização do consumo tenham surgido na época romana.
O período visigótico manterá a produção destinada especialmente às comunidades religiosas, como se pode ver em Begastri (Cehegín), que se converteu em sede episcopal (século VI d.C.). Após a queda de Granada e o período muçulmano, a zona desenvolveu-se graças à expansão da vinha e à produção de vinhos que satisfaziam necessidades alimentares, religiosas, económicas e até de saúde pública.
A partir do século XVI, as vinhas expandiram-se na zona e esta tornou-se uma grande região vitivinícola. É o caso da antiga adega situada na atual sede do Conselho Regulador da Denominação de Origem Bullas, que possui uma coleção de tal forma grande de vasilhas que a adega pode ser datada do século XVIII ou mesmo anterior.
A expansão do último milénio abrandou no final do século XIX, como consequência da chegada da filoxera, que atingiu a DO Bullas em 1894. No século XX, a crise mundial da filoxera e os ataques de míldio de 1933 levaram a uma vontade de melhorar os vinhos. O associativismo vitivinícola da época será a semente para a criação das duas grandes cooperativas vitivinícolas da DO Bullas, que surgiram na segunda metade do século XX.
Assim, em 1935, foi efectuada a primeira tentativa de reconhecimento da Denominação de Origem. O processo foi interrompido com a eclosão da Guerra Civil, mas na década de 1970 os trâmites foram retomados, até que finalmente foi concedida em 1994.
Solos
O terreno apresenta uma tipografia acidentada com altitude ascendente de sul para norte, pelo que os solos em que se desenvolve a cultura da DO Bullas são muito diferentes em profundidade e textura. Esta tipografia dá origem a pequenos vales com solos pardo-calcários e crosta calcária nas encostas; e solos aluviais nos centros dos vales onde também podemos encontrar sílex com características edafológicas muito variáveis.
Os solos caracterizam-se por serem muito pobres em matéria orgânica (inferior a 1,5%) e por apresentarem um elevado teor de carbonato de cálcio e cal viva. A maior parte dos solos são argilosos e ligeiros, com boa drenagem. A Monastrell é a variedade autóctone mais plantada em Bullas e, portanto, a mais comum na Denominação de Origem Bullas.
Clima
As características climáticas têm uma influência significativa na qualidade dos vinhos. O ecossistema em que se insere a casta Monastrell situa-se a uma altitude entre 600 e 900 metros acima do nível do mar, com influências climáticas do Mediterrâneo e do interior da península. As temperaturas da zona são adequadas para o desenvolvimento do ciclo vegetativo e produtivo das vinhas, especialmente da Monastrell, embora se verifiquem ocasionalmente temperaturas extremas, que vão desde a geada na primavera até ao sol no verão.
O clima mediterrânico é muito matizado pela altitude da zona. Os Invernos são curtos mas rigorosos, com períodos de neve. Os verões são muito quentes durante o dia, embora o clima seja geralmente mais fresco do que noutras partes da região, uma vez que há ventos gelados repentinos provenientes das montanhas, o que produz um arrefecimento notável durante a noite, um fator que tem uma clara influência positiva na qualidade das uvas.
Temperaturas
A temperatura média anual é de 15,6ºC, com um máximo de 39ºC no mês de agosto e de -4ºC no mês de janeiro, sendo a oscilação entre as temperaturas médias verão-inverno de cerca de 15ºC. O período sem geadas é de cerca de 7 meses, de abril a outubro.
Pluviosidade
A pluviosidade média é baixa, na ordem dos 300 mm. Ocorrem periodicamente chuvas fortes e trovoadas, principalmente em setembro e outubro.
Sol
As necessidades em termos de insolação são amplamente satisfeitas na região e o nível de insolação é elevado (média anual de 2.900 horas).