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Mais de 10 Adegas e vinhas à venda em DOC Douro e DOC Porto
Hotel de 43 quartos com adega e vinhas.
Propriedade em DOC Douro e DOC Porto.
Hotel rural com vinhas e oliveiras no Douro.
Herdade com 7 ha de vinha e 7 ha de oliveiras
Moradia para reformar com 10 hectares dos quais 5 hectares são vinha.
DOC Douro y DOC Port
Adega com 15 hectares de vista sobre o Douro em zona Prime
DOC Douro y DOC Port
Quinta de 32 ha com moradia de luxo, piscina e adega. 7 ha de vinha e 5 ha de olival.
DOC Douro e DOC Port
Adega com capacidade de produção na zona do Douro.
DOC Porto e DOC Douro.
Adega histórica com casa senhorial e 5 ha de vinha.
No Douro perto da fronteira com Espanha.
Infografia da Denominação de Origem
Trocar por unidades imperiais (ft2, ac, °F)Trocar por unidades internacionais (m2, h, °C)
Ano de fundação da D.O.:
1907
Número de adegas (2017):
228
Superfície total:
250.000 ha617.750 ac
Produção máxima permitida:
14.050 kg/ha12.535 lb/ac
Altitude das vinhas:
Min: 100m
Max: 700m
Min: 328ft
Max: 2.297ft
Temperatura:
Min: 12º
Max: 17º
Min: 54°F
Max: 63°F
Pluviometria anual:
700 l/m265 l/ft2
DOC Porto e Douro
LOCALIZAÇÃO
A cultura da vinha na região do Douro tem uma tradição milenar e já era citada em Trás-os-Montes por Estrabão, geógrafo grego que viveu no século I AC. Achados arqueológicos encontrados nas escavações da Quinta da Ribeira (Tralhariz) e da Fonte de Milho (Canelas) evidenciam a produção vinícola na época romana. Mais tarde, no século VII, as referências à cultura da vinha encontram-se no Código Visigótico. O Rei D. Dinis de Portugal costumava aceitar anualmente vinhos entre outros produtos da cidade de Lamego.
Existem inúmeras referências aos vinhos do Douro; no entanto, pouco se sabe sobre o negócio do vinho do Porto, embora se presuma que tenha sido iniciado em 1678, graças aos ingleses. Foi graças às diversas circunstâncias políticas, económicas e comerciais que o Vinho do Porto desenvolveu o seu estatuto universal e encontrou o seu maior mercado na Grã-Bretanha.
Em 1703, a assinatura do Tratado de Methuen entre Inglaterra e Portugal facultou um impulso ao negócio do vinho do Porto ao determinar que os vinhos portugueses importados para a Inglaterra deviam pagar menos um terço de taxas alfandegárias que os vinhos franceses.
Mais importante ainda, os consumidores britânicos preferiram os vinhos do Porto elaborados na região do Douro aos “tintos de Portugal” do Minho. Os comerciantes britânicos e escoceses não foram os únicos a comercializar o Vinho do Porto; havia famílias da Holanda e da Alemanha neste setor. No entanto, e devido à grande importância do mercado inglês, os mercadores britânicos foram os predominantes.
A segunda década do século XVIII marcou o início dos trinta anos de rápido crescimento das exportações de Vinho do Porto. A expansão dos negócios originou, como se esperava, o crescimento da viticultura na região, mas logo de seguida deu-se a primeira crise no setor vitivinícola. O negócio baixou o preço e as safras foram adulteradas, degradando a qualidade do vinho.
Em 1756, o primeiro Marquês de Pombal, também primeiro-ministro de Portugal, intercedeu para restaurar a ordem. Para combater a situação, o Marquês de Pombal interveio e criou em 1756 a Douro Wine Company (também conhecida por Companhia Geral da Agricultura dos Vinhos do Alto Douro). A empresa detinha o monopólio do comércio com a Inglaterra e do Brasil, bem como da produção e comercialização de aguardente no norte de Portugal. Esta empresa procedeu à primeira demarcação da região do Douro e a todos os regulamentos que visam a defesa da qualidade e autenticidade do vinho da região. Os limites da região foram marcados com 335 pilares de pedra, conhecidos como “paredes pombalinas”. Estas paredes, grandes pedras talhadas em granito gravadas com a palavra Feitoria (fábrica), ainda hoje existem e representam peças de valor inestimável da viticultura nacional.
Em 1757, foi levada a cabo a primeira classificação completa da vinha de vinhos do Porto (quase um século antes da classificação semelhante das vinhas de Bordéus). Os Vinhos da Feitoria, onde os vinhos eram elaborados pelos melhores produtores de vinho e onde estes foram autorizados a vendê-los para exportação por um preço superior, enquanto quem elaborava vinhos de qualidade mais modesta, os chamados “vinhos de ramo”, só poderia vender os seus vinhos no mercado nacional.
A ação draconiana do Marquês de Pombal e da empresa monopolista, embora impopular na altura, resultou numa melhoria da qualidade do Vinho do Porto e marcou o início de uma nova era de crescimento e prosperidade tanto para produtores como exportadores.
Em 1907, a região dos vinhos generosos do Douro foi de novo redefinida e estipulou que os vinhos fossem exportados através do Porto de Leixões, na cidade do Porto, onde foi estabelecida a Denominação de Origem do Vinho do Porto. Em 1926, foi criado o Entreposto do Gaia, extensão da região do Douro onde se situam todas as reservas da marca de exportação de vinho do Porto.
Em 1932, foi criada a Casa do Douro, com sede na Régua, que sindicalizou todos os viticultores da região, tendo como principal função a constituição e atualização do registo, bem como a autenticidade do vinho da região. Em 1933, o Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, uma instituição com o objetivo de garantir a qualidade do vinho, bem como de defender e promover a marca, regular os preços e realizar pesquisas científicas.
Em 1979, os vinhos do Douro distinguiram-se dos vinhos do Porto. Os primeiros pertencem a uma designação de vinhos tintos e brancos e os segundos à dos famosos vinhos fortificados.
SOLOS E CLIMA
A região fica situada a nordeste do país em torno do rio Douro e os seus afluentes de Barqueiros a Espanha. A norte, as serras de Alvão, Padrela e Bornes protegem o Douro dos ventos frios do mar vindos do Oceano Atlântico enquanto, a oeste, os maciços da Serra de Marão e do Montemuro com 1.415 m de altura projetam uma sombra de chuva sobre toda a região, proporcionando um clima seco e quente no verão, sendo o inverno rigoroso, geralmente frio e pouco chuvoso, características que se acentuam à medida que se fica mais próximo da fronteira.
O solo é rico em potássio e pobre em matéria orgânica, nitrogénio e calcário, contendo um excesso de argila, corrigido por um excesso de cascalho decorrente da degradação do xisto. Enquanto a maior parte do norte de Portugal é granito, as encostas de ambos os lados do rio Douro são de xisto, em lajes finas através das quais as raízes podem penetrar profundamente, sendo que no granito tal é impossível. No Douro, o xisto é de extrema importância.
As vinhas são plantadas em socalcos tradicionais com paredes de resistência, vinhas difíceis e dispendiosas de trabalhar. Na década de 70 surgiram rampas diagonais para o funcionamento de pequenos tratores, conhecidas como patamares e financiadas na década de 80 pelo Banco Mundial. Estas vinhas também apresentam vários problemas, tais como a baixa densidade de plantio. A densidade de plantação tradicional no Douro é de 5.000 a 6.000 vinhas/ha, com o sistema de patamares a atingir apenas uma densidade de 3.500 vinhas por hectare. Existe ainda outro sistema vinha ao alto, utilizado por Ferreira e Ramos Pinto nos anos 80, que permite uma densidade de 5.000 vinhas/ha, que consiste em plantar fileiras de vinhas de cima a baixo em vez de paralelamente à serra. Este tipo de plantação mudou a paisagem do Douro e vários são os produtores que afirmam ter melhorado a qualidade dos seus vinhos.
A classificação dos vinhos possui um complexo sistema de regulação da produção de uvas para vinhos do Porto para um total de 21.000 viticultores. Cada parcela de vinhas tem uma pontuação em função de uma escala de pontos positiva ou negativa, de acordo com 12 variáveis físicas tais como altitude, localidade, produtividade, tipo de solo, tipo de plantação e maneio da vinha, inclinação das encostas, idade das uvas e densidade de plantação.
Há um total de 140.000 lotes e cada um está registado no registo de acordo com a classificação dos vinhedos da classe A à classe I. Esta classificação é a base para a posterior autorização anual ou lucro que determina a quantidade de vinho que será classificado como Porto na região. Assim, as vinhas com a classe A e B mais elevada estão autorizadas a vinificar mais vinho fortificado do que as classes mais baixas, estando as vinhas da classe F diretamente excluídas do Vinho do Porto. É assim que as licenças ou cartões são concedidas aos viticultores. As uvas excluídas do benefício são chamadas de consumo e costumam responder por mais da metade da produção da região. Até 1979, o vinho que não era vinho do Porto era considerado vinho de mesa. E em 2000 foi fundada a rede Douro Boys, que tem ajudado a divulgar os vinhos tintos do Douro.
A área desta região é de cerca de 240.000 ha, sendo que 110.000 ha correspondem ao Douro Superior.
CASTAS
Entre os vinhos tintos do Douro existe um caso único, que é o caso da adega Barca Velha. O responsável técnico da casa Porto Ferreira, Fernando Nicolau de Almeida, foi a Bordéus estudar a vinificação de vinhos tintos em 1950, e após regressar, foi fundado o Ferreira's Barca Velha em 1952, que cedo ganhou a fama de ser o vinho tinto icónico de Portugal, o Grand Cru de Portugal.
Atendendo ao sucesso desta adega, a produção de vinhos tintos aumentou durante as décadas de 70 e 80. Touriga Nacional e Touriga Franca parecem ser as melhores castas para os vinhos tintos de qualidade. Tinta Roriz é usada para os vinhos jovens, Tinta Barroca é usada para os vinhos do Porto devido ao seu alto teor de açúcar, Tinta Cão é usada esporadicamente para os vinhos tintos, Sousão é muito colorido e está de novo em voga, assim como a Amarela. As castas internacionais de momento estão fora da DOC Douro.
As castas mais tradicionais da região são as tintas: Bastardo, Mourisco, Touriga francesa, Tinta Roriz, Touriga Nacional, Tinta Amarela, Tinta Barroca; para as castas brancas: Viosinho, Rabigato e Gouveio, Malvasia fina, Códega do Larinho, Arinto e Moscatel Galego.
Nesta região, existe uma região vitivinícola com particularidades junto a Favaios onde a casta cultivada é o Moscatel de Favaios. No que diz respeito aos vinhos brancos do Douro, existem zonas nas margens altas do rio até 800 m, em redor de Lamego, Vila Real, Alijó, Murça e São João de Pesqueira, onde os vinhos brancos amadurecem mais lentamente. Por vezes, as uvas brancas são também plantadas nas áreas das quintas, embora se localizem em altitudes mais baixas. Existem três vinhos brancos líderes na área: Redoma de Niepoort, Wine & Soul Guru e Mirabilis de Quinta Nova.
Classificação dos vinhos do Porto
Os vinhos do Porto seguem uma classificação no que respeita ao seu envelhecimento. Existem dois grandes grupos: envelhecidos em madeira e envelhecidos em garrafas. Existem vários vinhos do Porto que envelhecem tanto em barrica como em garrafa; no entanto, este é um caso excecional. Envelhecimento em madeira, seja em barrica, pipa ou tanque, muitas são as safras que compensam as variações e representam o estilo da marca. Esses vinhos não estão datados em local algum. Existem algumas exceções como os vinhos envelhecidos em madeira com vindima, desde que vendidos em garrafa e após 7 anos de envelhecimento. Tem o direito de colocar vintage no rótulo, bem como a menção de envelhecido em barril.
Existem também vinhos envelhecidos em madeira com indicação de idade, são os “Vinhos do Porto” de muito boa qualidade, com as seguintes denominações: 10/20/30/mais de 40 anos. Estes vinhos apenas podem ser comercializados em garrafa com a menção “envelhecido em barrica” e com os anos de envelhecimento em garrafa.
O vinho do Porto possui graduação alcoólica entre 19 e 22º e açúcar residual variável. Pode ser um vinho extra seco com 0º B., seco até 1,5º B., médio seco até 3º B., doce até 5º B. e muito doce a partir de 5º B.
No respeita à cor do Vinho do Porto, este pode ser branco ou tinto dependendo das uvas vinificadas.
A cor do vinho do Porto envelhecido também é uma indicação do tuè do vinho. Os mais comuns são: Tinto (vermelho) geralmente jovem e doce; Tinto Aloirado (Ruby) menos jovem, doce e com aroma acentuado de fruta, com envelhecimento redutor de forma a manter os tons vermelhos das cores e aromas e sabores de fruta; o Ruby Premium pode estar em barricas de 4 a 6 anos e os de maior qualidade são chamados de Reserva. Aloirado (Tawny) é um vinho mais velho, elegante, de cor topázio queimado, meio seco e doce da mais alta qualidade, envelhecido em madeira durante 2 a 3 anos. Há também os Tawny Reserva envelhecidos por 7 anos e os melhores envelhecidos por 10, 20, 30 ou 40 anos, os Tawny vintage, denominados Colheitas, que envelhecem em madeira durante cerca de sete anos. Branco com menos corpo e mais leve, aroma delicado, pode ser doce ou seco ou extra seco.
O Vinho do Porto envelhecido em garrafa é essencialmente o Vintage. É vinho de uma única colheita, produzido em anos de reconhecida qualidade, com excecionais características organoléticas, encorpado, com um aroma e paladar muito finos. Envelhece em garrafa de 10 a 50 anos após o engarrafamento entre o segundo ou terceiro ano de idade e é apresentado ao consumidor com o nome de Vintage e o seu ano de colheita, com o nome da empresa exportadora.
Por último, existe outro vinho do Porto, denominado L.B.V. (Late Bottled Vintage), que é também um vinho vintage, mas engarrafado entre o quarto ou sexto ano de idade.
O Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto garante a qualidade e autenticidade do vinho através da emissão de Certificados de Origem para todos os exportadores e selos de garantia para o engarrafamento em Portugal, no Entreposto de Gaia.
Para validar a garantia, existe um sistema de controlo que se inicia na própria região com o registo e classificação do vinho quanto ao potencial na produção de vinho do Porto correspondente a: localização, exposição, tipo de solo, inclinação, produção média, tipos de cultivo, etc.
Este controlo é realizado pela Casa do Douro, que se encarrega de proteger a região da entrada de vinhos estrangeiros e entrega a certidão de origem, verdadeiros guias de trânsito e certidões de nascimento para todos os vinhos generosos do Douro que fazem a sua primeira e obrigatória viagem até o Entreposto de Gaia, onde irá envelhecer.
O vinho do Porto, com séculos de existência, mantém sabiamente ao longo da sua vida uma qualidade essencial que constitui a sua personalidade, bem como a sua riqueza e dignidade. Tanto é que existe uma distinção de qualidade para os vinhos, graças a fatores favoráveis como um bom amadurecimento das uvas e à sua consequente composição de mostos, garantem aos vinhos condições de envelhecimento excecionais que os diferenciam e tornam os mais procurados vinhos a par dos anos de "Colheita" vintage.
ADEGAS
Em termos de produtores de vinho, existem literalmente centenas no Douro: Domingos Alves de Sousa, Quinta da Boavista, Conceito, Quinta do Cotto, Quinta do Castro, Duorum, Ferreira, Kopke, Lavradores de Feitoria, Legado (Sogrape), Quinta do Monte Xisto, Quinta dos Murças, Niepoort, Quinta Nova, Quinta do Noval, Passagem, Quinta do Pessegueiro, Pintas, Quinta do Poeira, Quinta do Portal, Prats & Symington, Ramos Pinto, Real Companhia Velha, Quinta da Romaneira, Quinta de la Rosa, Quinta de São José, Propriedades da Família Symington, Quinta da Touriga, Quinta Vale Dona Maria, Quinta do Vale Meão, Quinta do Vallado, Quinta da Pedra Alta, Quinta da Marka, Nova Quinta do Sagrado.