Adegas à venda no distrito de Lisboa - a maior região vinícola

LOCALIZAÇÃO

A região de Lisboa é a maior região vinícola do país, englobando todos os concelhos da faixa costeira a norte de Lisboa, desde o delta do rio Tejo a Leiria, a norte junto ao rio Mondego, e a este faz fronteira com a região Ribatejana. Posteriormente, a região foi renomeada como Estremadura, nome da província histórica, mas em 2008 voltou a partilhar o nome da capital e passou também a englobar as antigas DOCs da zona. Existem presentemente 9 DOCs nesta região, 6 delas no distrito de Lisboa.

SUB-REGIÕES

Torres Vedras, de início chamava-se apenas Torres, teve que lutar contra o gigante dos Penedés Miguel Torres e desse modo decidiu-se acrescentar Vedras, que é o nome da cidade. A vinha estende-se da Serra de Montejunto à costa. 873 ha pertencem à DOC.

Alenquer encontra-se protegida dos ventos de oeste pela calcária Serra de Montejunto, muito diferente da situação de Torres Vedras que não fica longe, mas que se situa do outro lado da serra. Não é surpresa encontrar alguns dos melhores produtores de Portugal em redor de Alenquer. A área não é uniforme, compreendendo colinas calcárias onduladas a oeste e uma planície aluvial em direção ao rio Tejo a este, onde os vinhos possuem um caráter mais parecido com os do Tejo do que com os de Lisboa. As castas tradicionais desta zona são Arinto, Fernão Pires, Jampal e Vital para os brancos e o Castelão, Camarate, Trincadeira e Tinta Miúda para os tintos. No entanto, também são permitidos Alvarinho, Chardonnay, Viognier, Aragonez, Cabernet Sauvignon, Syrah e Touriga Nacional. Cerca de 600 ha estão qualificados como DOC.

Arruda situa-se entre Alenquer, Torres Vedras e Bucelas e a cidade chama-se Arruda dos Vinhos pela sua tradição vinícola. Aqui predominam os vinhos tintos com as castas Castelão, Camarate e Tinta Miúda.

Houve uma época em que os vinhos de Colares, Bucelas e Carcavelos se tornaram moda na Grã-Bretanha, quando os soldados de Wellington voltaram das suas heroicas batalhas em Portugal. Até Dickens menciona num livro de 1836 que estes três vinhos eram os responsáveis pela alegria da pensão onde os personagens ficaram hospedados.

Bucelas é possivelmente a DOC da região de Lisboa que mais soube preservar o seu património histórico. Sempre foi uma zona de vinhos brancos: Arinto.

A região foi estabelecida como denominação de origem em 1907 e estende-se ao longo dos vales dos rios Trancão e Ribeira de Bemposta, entre as localidades de Bucelas, Fanhões e Santo Antão do Tojal. Uma série de colinas calcárias a cerca de 350 m de altitude protegem as vinhas dos nevoeiros atlânticos que se erguem do estuário do Tejo. O vinho de Bucelas foi transportado para Londres ao longo da história, ora como vinho licoroso, ora como vinho tinto.

Colares era uma das regiões vitivinícolas mais importantes do país, mas hoje em dia pouco resta desses anos. É difícil encontrar vinhas em Colares, a vila que dá nome ao vinho, estando entre os melhores terrenos na cúspide das dunas entre a Praia das Maçãs e o Magoito. Existem também algumas vinhas nas encostas da Serra de Sintra em Almoçageme, perto do Cabo da Roca e na Encosta de Monserrate. As parcelas de vinha protegidas por parapeitos de bambu ou pequenas paredes são hoje difíceis de encontrar entre os apartamentos e vilas construídos na costa. A casta Ramisco, ainda única em Colares, que conseguiu sobreviver à filoxera graças aos solos arenosos da zona.

São permitidos três tipos de vinho em Colares, dois tipos de tinto e um branco. Os vinhos mais caros vêm do chão de areia onde a uva Ramisco deve representar pelo menos 80% do lote. Outras variedades tais como Castelão, Parreira Matias e Tinta Miúda podem contribuir para o vinho. O segundo tipo de vinho tinto provém do chão rijo dos solos calcários distantes da costa, deste tipo proveem vinhos mais robustos de outras variedades que não Ramisco. Os vinhos brancos são da casta Malvasia de Colares; a Adega Regional e o Casal Santa Maria dão origem a vinhos Malvasia muito frescos e cítricos.

Em tempos a vinha penetrava no território da cidade de Lisboa, em Carcavelos. Locais como Camarate, Olivais, Sacavém, Frielas e Apelação foram importantes centros vitivinícolas nos séculos XVIII e XIX, e foram os progenitores de um vinho licoroso que detém o nome da sua capital.

Lisboa rivalizou com o Porto por um curto período de tempo. A maior parte deste terreno foi absorvido pelo aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. A região fica muito próxima do estuário do Tejo e do mar e possui um clima extremamente agradável. Esta região foi demarcada por lei em 1908 e inclui os territórios de S. Domingos de Rana, Carcavelos, parte de Oeiras e do Estoril.

PONTOS DE INTERESSE

A capital portuguesa é uma cidade cosmopolita, mas preserva o seu caráter tradicional, e a sua localização entre colinas e o estuário do Tejo tornam-na numa das cidades mais atrativas da Europa.

As atrações culturais de Lisboa são o Castelo de São Jorge, uma grande fortificação localizada numa das colinas sobranceiras à cidade. As suas origens são mouriscas, mas mais tarde tornou-se Palácio Real após ser reconquistado pelo Rei Afonso I para os Cristãos.

Existe ainda outro miradouro virado para o interior em direção ao estuário do Tejo: o Miradouro de Santa Luzia com vista para o popular bairro de Alfama situado junto à Igreja de Santa Luzia, uma pequena igreja do século XVIII.

A Sé Patriarcal de Lisboa é a igreja mais antiga da cidade, tendo sido construída em 1147.

A Praça do Comércio foi sede do antigo Palácio Real até ao terramoto do século XVIII. O Rossio (Praça de D. Pedro IV) é o eixo nevrálgico da cidade e prolonga-se naturalmente pela Praça dos Restauradores e Avenida da Liberdade.

O Museu Nacional do Azulejo está instalado no edifício do antigo Convento da Madre de Deus, datado de 1509, uma grande joia artística da azulejaria que mostra como era a cidade no início do século XVIII, antes do terramoto que destruiu a Baixa e o antigo Palácio Real.

Alguns dos monumentos mais emblemáticos encontram-se no distrito de Belém: o Mosteiro dos Jerónimos, em estilo manuelino, mas também a Torre de Belém e o Padrão dos Descobrimentos.

Os arredores de Lisboa escondem enclaves costeiros como Cascais e Estoril, ou a frondosa Serra de Sintra, o Palácio da Pena, com o seu cenário majestoso, a Quinta da Regaleira, o Palácio de Monserrate ou o Cabo da Roca.