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Investir em adegas e vinhas em Portugal
De acordo com o sistema de Denominação de Origem estabelecido pela UE para os vinhos de qualidade dos países produtores de vinho, estas são as categorias definidas em Portugal:
- DOC (Denominação de Origem Controlada)
- IPR (Indicação de Proveniência Regulamentada)
A categoria de Vinhos Regionais compreende os vinhos de mesa de uma região específica.
No entanto, de acordo com o clima e o terroir, o país pode ser dividido em subáreas:
Vinhos do Atlântico
O clima de São Francisco na Califórnia possui semelhanças com o clima do Porto, com a exceção de que em vez do Oceano Pacífico este é o Oceano Atlântico. O nevoeiro marítimo penetra de noite, vindo do estuário a montante, mantendo-se durante a manhã, e os ventos de oeste influenciam o clima de Portugal como um todo. A maior influência oceânica incide na costa atlântica, uma pequena faixa de planície costeira com 20 a 60 km de largura que se prolonga desde a fronteira a norte com a Galiza, em Espanha, ao Algarve, onde o clima assume um caráter mediterrânico.
Partindo de Lisboa para norte, o litoral é constituído por um conjunto de bacias hidrográficas, tais como as do Minho, do Lima, do Cávado, do Ave, do Douro, do Vouga e do Mondego, bem como cursos de água que drenam as colinas da antiga Estremadura (atual região de Lisboa) facilitando o cultivo das vinhas.
A DOC do Vinho Verde fica localizada a norte, a mais atlântica das denominações portuguesas, com as suas paisagens graníticas. Funde-se com o Douro e Lafões no rio Vouga. A Bairrada situa-se entre estas zonas, assim como a cidade de Coimbra. A seguir ao rio Mondego, seguem-se Leiria e a região de Lisboa. Um terço da produção de vinho de Portugal provém da faixa atlântica, mas a quantidade e a qualidade variam significativamente devido ao seu clima imprevisível.
A precipitação anual varia entre 750 m3 a norte de Lisboa e 2.000 m3 nas montanhas do norte. A temperatura média anual varia entre 15ºC a sul e 11ºC a norte. Não é uma região de extremos, pois os invernos são amenos e húmidos e os verões quentes e geralmente secos.
As principais características destes vinhos são o seu baixo teor alcoólico e uma enérgica acidez,e até as vinhas junto ao Atlântico adquirem um certo grau de salinidade que pode ser degustado nos vinhos.
Vinhos das montanhas
As montanhas situadas a norte e no centro de Portugal constituem uma pequena parte de todas as grandes serras que circundam o Planalto Interior. Estas montanhas marcam uma importante transição climática entre a Península Ibérica Atlântica e a Continental/Mediterrânica. Em Portugal, a região do Porto é o resultado dessa transição climática, o que se materializa em vinhos como os do Douro e os do Dão, partes da Beira Alta, da Beira Baixa e do Alto Alentejo.
No cimo das montanhas chove 2.000 m3/ano, enquanto na parte baixa, que faz fronteira com Espanha, chove 400 m3. O planalto elevado da parte nordeste da península é, na verdade, uma extensão do planalto castelhano: em Portugal chama-se Trás-os-Montes, uma região que se situa para além das montanhas, terminando no rio Douro.
Onde o rio Douro atravessa encostas sinuosas, o Douro e o curso inferior dos seus afluentes - Corgo, Varosa, Távora, Torto, Pinhão, Tua e Côa - formam conjuntamente uma das regiões vinícolas mais extraordinárias do mundo, a região dos intensos vinhos doces do Porto. As vinhas do sul do Douro pertencem à região das Beiras. A DOC Távora-Varosa, que compreende os vales do Távora, Tedo, Varosa e Torto, todos afluentes do Douro, é a primeira DOC em Portugal no que toca a vinhos espumantes. O rio Mondego atravessa a Serra de Estrela criando uma bacia. Esta região, que tem o nome do pequeno afluente Dão, fica na transição climática atlântico-continental e tem passado por um processo de revitalização nos últimos anos.
Vinhos das planícies
O rio Tejo divide o país em duas áreas: a zona montanhosa e povoada a norte e a zona mais plana e mais despovoada a sul. Das areias dos estuários do Tejo e Sado às colinas onduladas da costa alentejana ao sólido granito, calcário e xisto do interior alentejano, comprova-se a diversidade de terrenos e, deste modo, o potencial vinícola do sul de Portugal.
Há quarenta anos atrás, o cenário era muito diferente, pois para além da península de Setúbal, a mais marítima das principais regiões vitivinícolas, não se tinha conhecimento das regiões hoje conceituadas, tais como o Tejo ou o Alentejo.
As temperaturas nesta zona são muito elevadas durante o verão, 40ºC e mesmo 50ºC, a precipitação é escassa e o risco de paralisia devido ao stress hídrico na vinha é elevado. O Alentejo recebe 3.000 horas de sol por ano. Conhecido como o Novo Mundo de Portugal, o sul está a ser alvo de grande estímulo: as quintas são grandes propriedades, a maximização do processo produtivo denota melhor aplicação e a mecanização é possível; o rendimento da produção é baixo, mas melhorou significativamente devido aos sistemas de irrigação instalados. A albufeira do Alqueva, projetada por Salazar nos anos 50, abastece de água toda a parte central do Alentejo.
A região a norte do Tejo é mais parecida com a região de Lisboa, mas desliza para o Alentejo a sul do Tejo, em Coruche, conhecido como o pré-Alentejo. A Península de Setúbal, que geograficamente compreende a área entre o Tejo e o Sado, estende-se até ao Algarve, é uma área marítima mas inclui o Alentejo nalgumas partes. O Alentejo estende-se por uma vasta área, desde o rio Tejo até 240 km a sul na fronteira com o Algarve.
Vinhos das ilhas
Os vinhos da Madeira são mundialmente conceituados pelos seus vinhos licorosos. A DOC, criada em 1999, compreende apenas vinhos licorosos, pois os vinhos brancos e tintos têm a DOP Madeirense ou Vinho Regional Terras Madeirenses.
As castas brancas são: Sercial, Verdelho, Boal (Malvasia Fina), Terrantez e Tinta Negra, Bastardo, Complexa e Deliciosa para tintos, bem como outras castas internacionais autorizadas.
A ilha do Pico nos Açores, situada a uma altitude de 2.351 m, é a mais importante na produção de vinho. Hoje em dia, existem três DOC nos Açores. A Ilha Graciosa produz vinhos brancos das castas Verdelho, Arinto dos Açores e Terrantez do Pico. O Pico possui uma denominação própria, bem como Biscoitos para vinhos licorosos, e, recentemente expandiu-se para vinhos doces com as mesmas castas.