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1 Adegas e vinhas à venda em Salta
Vinícola com 67 hectares sendo 13 hectares de vinhedos em Salta.
DO Salta
Infografia da Denominação de Origem
Trocar por unidades imperiais (ft2, ac, °F)Trocar por unidades internacionais (m2, h, °C)
Número de adegas (2017):
40
Superfície total:
3.365 ha8.315 ac
Altitude das vinhas:
Min: 1.530m
Max: 3.111m
Min: 5.020ft
Max: 10.207ft
Temperatura:
Média: 15º59°F
Pluviometria anual:
203 l/m219 l/ft2
Salta
A maior densidade de habitantes encontra-se na cidade de Salta, contudo, a capital do vinho da província de Salta é Cafayate, no sudoeste da província. É o centro de referência da indústria vinícola do norte, concentrando 75% das vinhas de Salta e 60% da área total plantada nos Vales de Calchaquíes. Cafayate é rodeado por montanhas de todos os lados, desde as agulhas mais agudas até às montanhas multicoloridas ou vermelhas onde os cactos aparecem na paisagem. Os Vales Calchaquíes formam as cadeias montanhosas a oeste de Salta, onde as vinhas são cultivadas.
De Salta vem a versão argentina da música andina. A cultura nativa está muito presente e é uma área de grande espiritualidade e lendas. Salta é conhecida como a "Argentina lenta", onde o tempo passa mais lentamente do que no resto do país. A cultura local Diaguita ainda está presente em dialectos e línguas ancestrais como o quíchua e o aymara. Há também uma presença notória de religiões indígenas como as que adoram a Pachamama.
HISTÓRIA DO VINHO
Os Incas chegaram a Salta vindos do Peru em 1480 e os conquistadores espanhóis em 1535. Lutaram entre si durante décadas e isto levou à palavra calchaquí: calcha (rebelde) e quí (o mais)... "os vales dos mais rebeldes". Assim, a maioria dos nomes das cidades locais Cafayate, Cachi, Anastaco e Guachapas são mais indígenas do que espanhóis.
Na segunda viagem de Cristóvão Colombo à América em 1493, as primeiras estacas de uvas foram levadas consigo para introduzir o cultivo da vinha. E assim, em 1522, foi emitida uma portaria pela Coroa Espanhola declarando que todos os navios com destino ao Novo Mundo tinham de transportar videiras. Já em 1524 Hernan Cortés ordenou a plantação de vinhas nas terras altas do México e em 1536 as primeiras vinhas foram introduzidas no continente sul-americano pelo frade Bartolomé. Levou-os para Cuzco, no Peru, enquanto Hernando de Montenegro os teria levado para Lima. Assim começou a expansão da cultura, que se estendeu ao norte e centro do Chile e aos Vales Calchaquíes no norte da Argentina, embora com fortunas mistas em cada uma das encostas dos Andes.
A província de Salta dedicou-se quase exclusivamente à criação de gado e à exploração de nitrato, que foi posteriormente vendido como fertilizante. Após a chegada dos missionários jesuítas no século XVIII, teve início a introdução da viticultura como é conhecida hoje. Algumas das vinhas originais eram provenientes das Ilhas Canárias. Neste ponto é necessário mencionar o trabalho de José Alazraqui, que em colaboração com outro profissional acreditado, Miguel Urtado, foi um dos pioneiros na industrialização da produção de vinho na província de Salta.
A província de Salta teve mais desenvolvimento económico do que outras províncias, dada a sua proximidade com o Peru e as minas de prata de Potosí. Este privilégio mudou quando o comboio Mendoza-Buenos Aires foi construído em 1882.
VINHOS E ADEGAS
A maior parte da produção de vinho na província de Salta está localizada na zona dos Vales Calchaquíes, situada a oeste da cidade de Salta. Nestes vales, a variedade torrontés é cultivada principalmente, além de outras variedades como o malbec, cabernet sauvignon, chenin e chardonnay. A cidade de Cafayate concentra a maior produção vitivinícola da província. Depois dela, as cidades de San Carlos e Santa Maria, esta última localizada na província vizinha de Catamarca, aguardam.
Foram os Jesuítas que introduziram a referida casta torrontés, que foi inicialmente produzida na Argentina na adega Etchart, fundada em 1850 na cidade de Cafayate e agora propriedade do consórcio internacional Pernot Ricard. Os proprietários de Bodegas Etchart, juntamente com o enólogo francês Michel Rolland, fundaram mais tarde a adega San Pedro de Yacocochuya, situada a uma altitude superior a 2.000 metros acima do nível do mar. Outra adega histórica na cidade de Cafayate é Michel Torino, à qual devemos acrescentar outras empresas vinícolas como a Bodega Colomé, propriedade de Donald e Ursula Hess e fundada em 1831, Dominio Hermanos, Finca Quara de Felix Lavaque, Finca Las Nubes de José Luis Mounier ou as adegas Tilia, Alamos e Críos. A adega El Esteco, em Cafayate, trabalha com a produção de vinhos biológicos. Em algumas pequenas cidades da província de Salta ainda é possível encontrar adegas que produzem vinhos artesanais em pequena escala.
PONTOS DE INTERESSE
Ao chegar a Cafayate, o turista encontrará uma cidade-cidade com corantes coloniais e indígenas que coexistem em harmonia. Destacam-se a antiga aldeia de Molinos, que remonta ao século XVII, com as suas casas de adobe e lama e o seu viveiro vicunha, e o luxuoso hotel Patios de Cafayate, em estilo colonial e totalmente remodelado. As adegas mais importantes estão situadas a 10 minutos de Cafayate.
Algumas das adegas situadas nos Vales Calchaquíes oferecem visitas guiadas, mas o turista interessado em conhecer algo mais sobre os vinhos produzidos na província de Salta tem à sua disposição uma interessante Rota do Vinho, um circuito de aproximadamente 200 km, no qual pode apreciar paisagens de grande interesse como as Quebradas de la Flecha ou Las Conchas, assim como o Museu da Vinha e do Vinho, situado na cidade de Cafayate.
Outra atracção nesta área da província de Salta é o Parque Nacional Los Cardones, que oferece aos visitantes a oportunidade de ver cactos espectaculares de grande tamanho e centenas de anos de idade. Outros parques nacionais que atraem um bom número de visitantes são El Rey e Baritú. A localidade de Cafayate celebra cada Outubro a chamada Fiesta Nacional del Vino Torrontés, na qual a gastronomia (asado é o rei indiscutível) e a cultura gaúcha são os co-protagonistas.