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2 Adegas e vinhas à venda em Livorno

Propriedade para o desenvolvimento de uma atividade vinícola de alto padrão com potencial para hospitalidade de luxo.
BOLGHERI DOC

Prestigiosa Villa, propriedade agrícola de grande qualidade com 12 ha de vinhas.
MAREMMA
Infografia da Denominação de Origem

Trocar por unidades imperiais (ft2, ac, °F)Trocar por unidades internacionais (m2, h, °C)
Ano de fundação da D.O.:
1995
Número de adegas (2017):
74
Superfície total:
1.377 ha3.403 ac
Produção máxima permitida:
7.000 kg/ha6.245 lb/ac
Altitude das vinhas:
Min: 10m
Max: 380m
Min: 33ft
Max: 1.247ft
Temperatura:
Min: 12º
Max: 28º
Min: 54°F
Max: 82°F
Horas de sol anuais:
2.273
Pluviometria anual:
600 l/m256 l/ft2
Livorno
Livorno é uma cidade italiana situada na região da Toscana. Atualmente, é um centro industrial e porto livre às margens do Mar Mediterrâneo.
Livorno nasceu como uma pequena vila de pescadores, originalmente próxima ao antigo e desaparecido porto de Pisa. A cidade passou posteriormente para o domínio dos Visconti, depois foi genovesa, até ser comprada por Florença no século XV. Foi oficialmente fundada como cidade em 1606 pelo Grão-Duque da Toscana. Sempre foi uma cidade acolhedora para a comunidade judaica, que floresceu aqui — muitos livorneses ilustres eram judeus, como Amedeo Modigliani e Elia Benamozegh. Durante o Renascimento, sob a proteção dos Médici, Livorno desempenhou um papel importante, recebendo privilégios comerciais significativos no século XVI. Cresceu notavelmente durante o governo de Leopoldo II da Toscana, no século XVIII, quando foi aberta ao comércio estrangeiro. Cosme I de Médici decidiu transformá-la no principal porto do Grão-Ducado e Fernando I de Médici declarou-a porto franco em 1590 — status que durou até 1860, quando a cidade foi integrada ao Reino da Itália.
HISTÓRIA DO VINHO
A Rota dos Vinhos da Costa dos Etruscos tem cerca de 150 quilômetros de extensão e percorre as províncias de Livorno e Pisa, ao longo do Mar Tirreno, até a ilha de Elba.
Da região de Livorno, o vinho mais famoso é o Sassicaia, mas também se destacam o Terratico di Bibbona e o Montescudaio, todos vinhos DOC que expressam os sabores únicos desta parte da Toscana com vista para o mar. Na ilha de Elba é produzido o Aleatico Passito.
Quando o marquês Mario Incisa della Rocchetta, apaixonado por vinhos franceses, plantou mudas de cabernet em 1944 na vinha de Castiglioncello, convencido de que o terroir da Maremma superior de Livorno poderia produzir grandes tintos ao estilo bordalês, ele surpreendeu o mundo. As vinhas estavam localizadas em Castagneto Carducci, em Bolgheri (Livorno), perto do mar Tirreno, numa região sem tradição vitivinícola. Essa aposta originou a atual DOC Bolgheri Sassicaia — a única DOC italiana dedicada a um único vinho — que se tornou o modelo para toda a área. Hoje, Bolgheri é lar de preciosidades como Paleo, Grattamacco, Argentiera, Orma, Camarcanda e Guado al Tasso.
Foi em 1968 que o marquês Niccolò Incisa della Rochetta criou o primeiro grande vinho toscano fora das denominações tradicionais: o Sassicaia, um corte bordalês de cabernet sauvignon e cabernet franc. Três anos depois, outro membro da aristocracia, o marquês Antinori, apresentou o Tignanello, com predominância da uva local sangiovese. Depois vieram o Solaia e outros. Foi nesse momento que a imprensa americana criou o termo “Super Toscanos”.
Também se deve destacar Enzo Morganti, que produziu um notável Vigorello na vinícola San Felice já em 1968, e o enólogo Giacomo Tachis — considerado o criador dos Super Toscanos. Ele dizia: “Não sou enólogo, sou um misturador de vinhos” (mescolavino). Os Super Toscanos, de fato, nasceram de experimentações, como o Sassicaia em 1968 (85% cabernet sauvignon e 15% cabernet franc).
Em 1981, o marquês Lodovico Antinori, primo de Piero Antinori, fundou a Tenuta Ornellaia no coração da região de Bolgheri. A primeira safra do Ornellaia foi em 1985, seguida logo pelo intenso Masseto. Assim nascia uma das grandes referências entre os Super Toscanos. O Masseto, por sua vez, estreou em 1987, vindo de um vinhedo de 7 hectares em Bolgheri, ideal para a uva merlot. O sucesso foi retumbante. O lar do Masseto é a vila vinícola de Bolgheri, parte da comuna de Castagneto Carducci, a cerca de 60 km ao sul de Livorno. Ornellaia é uma vinícola lendária que escreveu a história da região.
Esses vinhos foram chamados de “a resposta da Itália a Bordeaux”. O resto virou história.
No meio dos anos 2000, Sassicaia e Masseto foram pioneiros em serem vendidos na Place de Bordeaux, em sistema en primeur. São, possivelmente, os vinhos mais caros da Itália.
O sucesso de Bolgheri impulsionou também regiões vizinhas, que se tornaram novo lar para castas bordalesas. O interior de Rosignano, com Castello del Terriccio e Duemani, áreas históricas como Montescudaio e Bibbona (com a Tenuta di Biserno), ganharam nova relevância. Ao sul, os vales metalíferos em torno de Suvereto e Val di Cornia tornaram-se referência, com nomes como Petra, Tua Rita, Castello di Frassinello e o lendário Redigaffi — vinhos hoje considerados de coleção.
VINHOS E VINÍCOLAS
A província de Livorno é reconhecida por suas prestigiosas regiões vitivinícolas, sendo Bolgheri uma das mais renomadas e internacionalmente celebradas na Toscana. A região é especialmente famosa por seus vinhos tintos de estilo bordalês, símbolo da viticultura toscana moderna.
Entre as denominações de origem controlada, a Bolgheri DOC é o grande destaque. Produz vinhos tintos de alta qualidade, elaborados com castas internacionais como cabernet sauvignon, merlot e cabernet franc, além da sangiovese autóctone. A subcategoria Bolgheri Superiore DOC é particularmente valorizada por seus vinhos potentes e com excelente capacidade de envelhecimento. Outra importante denominação é a Val di Cornia DOC, que abrange colinas e zonas costeiras de Livorno, produzindo tintos e brancos de excelência.
O Rosso di Bolgheri DOC é um vinho mais jovem e acessível, mas ainda assim fiel ao estilo e qualidade da região.
A Suvereto DOCG inclui vinhos elaborados com as seguintes variedades:
- Suvereto DOCG: cabernet sauvignon e merlot em proporções variadas
- Suvereto Sangiovese DOCG: mínimo de 85% sangiovese
- Suvereto Merlot DOCG: mínimo de 85% merlot
- Suvereto Cabernet Sauvignon DOCG: mínimo de 85% cabernet sauvignon
A zona de produção compreende todo o território do município de Suvereto, na província de Livorno.
O Aleatico Passito dell’Elba DOCG é um vinho tinto doce, feito exclusivamente com uvas Aleatico — o favorito de Napoleão durante seu exílio na ilha de Elba. As uvas são secas por cerca de duas semanas em esteiras de madeira. Quando originárias de vinhedos classificados, é permitido indicar “Vigna” seguido do nome da parcela.
A Terre di Toscana IGT também abrange vinhos da região de Livorno, incluindo os de Bolgheri, representando uma gama de vinhos premium feitos com uvas autóctones e internacionais. Embora Livorno não tenha uma DOCG própria, a Bolgheri DOC é tratada com o mesmo respeito e prestígio por causa de sua excelência reconhecida.
A influência de Bolgheri no cenário vitivinícola da Toscana é inquestionável — seus vinhos tornaram-se um símbolo de qualidade, inovação e tradição. A proximidade com o mar e o terroir singular conferem aos vinhos da região seu caráter distinto, tornando-os fundamentais para a identidade vinícola de Livorno.
PONTOS DE INTERESSE
Graças às estratégias comerciais e militares dos Médici, decidiu-se que a vila de pescadores construída em torno da Torre de Matilde de Canossa deveria tornar-se um dos principais portos da Europa. As marcas das “Nações” que contribuíram para o crescimento de Livorno ainda estão visíveis nos edifícios religiosos, cemitérios, arquivos e na gastronomia da cidade.
O projeto de renovação urbana conduzido pelos Médici foi confiado a Buontalenti, a quem se deve a estrutura fortificada do centro histórico e a construção da Fortezza Nuova, próxima à Fortezza Vecchia, da era pisana. Infelizmente, Livorno sofreu intensos bombardeios durante a Segunda Guerra Mundial, que destruíram boa parte do centro. A reconstrução do pós-guerra alterou significativamente a aparência da cidade antiga, embora o bairro setecentista da Venezia Nuova tenha sido preservado e hoje represente o verdadeiro centro histórico. O nome deriva de seus canais, que o conectam ao porto, conferindo-lhe o apelido de “pequena Veneza”.
Entre os séculos XIX e XX, Livorno viveu uma grande efervescência artística e cultural, sendo berço de figuras como Pietro Mascagni, Giovanni Fattori, Amedeo Modigliani e Leonetto Cappiello.
No século XIX, foram construídos em Livorno os primeiros balneários da Europa, dando origem ao conceito moderno de férias à beira-mar. Hoje, é um destino turístico muito apreciado, sobretudo pelas praias da Costa dos Etruscos, que se estendem ao sul da cidade. Entre os principais pontos turísticos destacam-se: a Terrazza Mascagni, a Catedral de São Francisco (século XVII) e a igreja barroca de Santa Catarina.
D.O./Vale (regiões vinícolas)
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